Ações práticas precisam sustentar o discurso, defendem ONGs

O fato de o governo brasileiro anunciar que o Brasil vai zerar o desmatamento ilegal em 2028, a partir de um plano que será colocado em prática em 2022, precisa ser acompanhado de ações práticas, segundo a Human Rights Watch no Brasil. O anúncio das metas brasileiras foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, ainda no Brasil, antes da viagem para Glasgow. O presidente Bolsonaro anunciou que não irá participar da COP26.

Ao G1, Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch no Brasil, mostrou desconfiança. “O governo Bolsonaro pretende que o mundo agora pense que o Brasil está comprometido em salvar a floresta amazônica, mas esse compromisso não pode ser levado a sério, considerando seu histórico desastroso e o fracasso em apresentar planos confiáveis para obter resultados que são urgentemente necessários no combate ao desmatamento”, afirmou a executiva da ONG.

Segundo a instituição de direitos humanos, embora estimativas preliminares sugiram uma ligeira queda no desmatamento em 2021 em comparação com 2020, a tendência de destruição dificilmente foi revertida. Com 10.800 km² desmatados no ano passado, o Brasil está longe de cumprir seu compromisso, anteriormente estabelecido, de reduzir os índices anuais de desmatamento na Amazônia para 3.925 km² até 2020.


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