Desde 2004, a Amazônia brasileira não registrava tantos focos de fogo

As imagens de satélite flagraram 2.287 incêndios na Amazônia em maio deste ano, um aumento de 96% em relação ao mesmo período de 2021. O número representa um trágico recorde, como atesta a Folha e o portal g1, e foram contabilizados pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Desde 2004 não se tinha tanto fogo sobre a maior floresta tropical do planeta. Naquele ano, foram identificados 3.131 pontos de incêndio.

Especialistas ouvidos nas reportagens afirmam que quase todos os incêndios são provocados pelo homem para usar a terra para agricultura e criação de gado. O temor de que 2022 seja um ano particularmente destrutivo na Amazônia também está em alta. Isso porque maio, normalmente, tem menos incêndios do que os meses de agosto e setembro, quando ocorre o auge da estação seca na floresta.

“Esses números não são um ponto fora da curva, mas resultado de uma tendência constante de alta na destruição ambiental nos últimos três anos, que resulta de uma política intencional do governo”, sentenciou Mauricio Voivodic, diretor-executivo da WWF Brasil. “A ciência está sendo ignorada, e o futuro cobrará do Brasil um alto preço”, admite o executivo da ONG brasileira.


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