Pantaneiros apontam irregularidades em processo de licenciamento ambiental

Três portos isolados que, na prática, não vão ser tão isolados assim estão sendo planejados em uma região sensível do bioma Pantanal. Áreas como a Reserva Ecológica do Taiamã e do Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense estão na berlinda de uma iniciativa que visa a criação da Hidrovia Paraguai-Paraná.

A ideia é realizar operações portuárias e transportar toneladas e toneladas principalmente de soja, fertilizantes e combustíveis em um trecho de 680 km até Corumbá (MS). O tramo norte do rio Paraguai, como mostra reportagem do site ((o))eco seria o mais impactado pela navegação.

Um coletivo de comunidades pantaneiras afirma que o licenciamento ambiental dos projetos não considera a existência de uma hidrovia em si na região. As discussões estão sendo feitas apenas com base em cada um dos portos que se pretende construir, de forma isolada.

“Eles [os empreendedores] não consideram as passagens destas barcaças para fins de estudos ambientais, muito menos consideram isso em contexto de bacia hidrográfica. Esta é uma das principais irregularidades deste processo de licenciamento”, afirma Mariana Lacerda, advogada e coordenadora executiva do coletivo PesquisAção – grupo formado por analistas de diversas áreas que tem como objetivo atender as demandas das comunidades pantaneiras.


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