Incêndios florestais, como os registrados na Amazônia e no Pantanal recentemente, diminuem capacidade de plantas rebrotarem e absorverem CO2 da atmosfera

Apesar da sobrevivência, as sequelas ficam: estudo de brasileiros publicado em março na revista “Frontiers in Forest and Climate Change” mostra que, após um incêndio florestal, as folhas perdem capacidade de fazer fotossíntese.

A diminuição, nas áreas queimadas com frequência no sul e sudeste da Amazônia, foi de 23% em comparação com áreas que nunca queimaram. No Cerrado, a perda é de 19% e, no Pantanal, de 16%.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que analisaram dados obtidos entre 2001 e 2019.O estresse fisiológico é maior na vegetação da Amazônia porque são poucas as espécies resistentes ao fogo, como relata reportagem da revista Pesquisa FAPESP. No Cerrado o impacto também ocorre, mas em menor grau, uma vez que as espécies são adaptadas a incêndios de baixa intensidade. “No Cerrado, o fogo deixa de ser regenerador para ser destruidor quando se torna mais intenso”, afirma Britaldo Soares-Filho, pesquisador da UFMG e um dos autores do trabalho.


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