Estudo mostra também que 13% da área do bioma exclusivamente brasileiro entrou em processo de desertificação

Um mapeamento de fôlego sobre a situação da Caatinga mostra que 13% do bioma está em estado de desertificação. O estudo, feito por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade Federal do ABC e da USP, também gerou outro dado preocupante: por volta de 50% de todo o ecossistema já foi desmatado.

A análise, que seguiu dados obtidos entre 2014 e 2021, teve como objetivo principal mapear as áreas prioritárias para a conservação do bioma. Um total de 10 mil microbacias foram registradas, como mostra a Folha de S.Paulo. De acordo com o levantamento, 939 das bacias da Caatinga são consideradas de alta prioridade para restauração; 86 foram consideradas de prioridade máxima para restauração.

“Para se ter uma ideia, uma única microbacia tem 106 espécies ameaçadas. Essas microbacias já estão desmatadas. Se não restaurarmos, essas espécies vão desaparecer”, afirma Carlos Roberto Fonseca, professor associado do Departamento de Ecologia da UFRN e coautor do estudo.

Segundo o livro vermelho de espécies ameaçadas no Brasil, na Caatinga existem 350 espécies sob esse risco.


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