A COP15, a Conferência da ONU para a Biodiversidade, marcada para o segundo semestre na China, será decisiva, avaliam os especialistas.

Não é mais uma questão de apenas estancar a perda de biodiversidade em ambientes terrestres ou aquáticos: o que o mundo precisa agora, como mostra reportagem do Valor, é de um acordo robusto para reverter a perda acelerada de espécies. Segundo o PNUMA, o sumiço de animais e plantas da fase da terra – além de outros seres microscópicos – custa à economia global 10% de sua produção anual.

No âmbito internacional, toda essa discussão – assim como ocorre com as questões climáticas – ocorre em reuniões sob o guarda-chuva da ONU. A COP15, específica para a Biodiversidade, está marcada para ocorrer no segundo semestre, na China. A permanência da covid-19 no país asiático ainda impede que uma data definitiva seja marcada.

O que resta saber, como discute a jornalista Andrea Vialli, é até que ponto o acordo a ser fechado será realmente ambicioso. O Brasil, um dos países mais biodiversos do mundo, tem uma posição central. Um dos pleitos, por exemplo, apresentado pelo Brasil e chancelado por 63 países, é a criação de um novo fundo mundial para a conservação da biodiversidade.

O setor empresarial também está bastante envolvido no tema. Um dos debates é sobre corte de subsídios para setores que estejam impactando os ecossistemas. Estudo feito pelos B Team e Business for Nature indica que, no mundo, US$ 1,8 trilhão é dado por ano em subsídios para atividades que levam à destruição de ecossistemas e à perda da biodiversidade. Os segmentos dos combustíveis fósseis e da produção agropecuária puxam a lista.


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