Documento lançado pelo Observatório do Clima para o próximo presidente implementar em dois anos tem como estratégia tornar o Brasil uma nação de “carbonização reversa”

O Brasil tem potencial para, em 2045, tornar-se a primeira grande economia do mundo a atingir o estágio de “carbonização reversa”. Ou seja, retirar mais gases de efeito estufa da atmosfera do que emitir. Mas, para isso, várias condições precisam ser implementadas e seguidas. Como, por exemplo, a retirada dos 20 mil garimpeiros da Terra Indígena Yanomami.

A parte mais urgente da estratégia está presente em um documento lançado pelo Observatório do Clima (OC) com 74 medidas que o próximo presidente pode adotar logo nos dois primeiros anos de governo. Caso ele queira reverter muito do que foi feito recentemente em termos de desmonte da política ambiental nacional.

“Com este documento nós começamos a traçar um mapa do caminho para as próximas duas décadas. E ele passa, necessariamente, por reverter os danos causados por quatro anos de desmonte ambiental no regime de Jair Bolsonaro”, diz Suely Araújo, especialista-sênior em políticas públicas do OC. Ela é a principal organizadora do trabalho, que teve a colaboração de mais de uma centena de especialistas de 63 organizações integrantes do Observatório do Clima.

O documento, entregue às campanhas dos principais pré-candidatos ao Planalto, exceto à do atual detentor do cargo, propõe uma lista de ações em oito áreas. 1- Política climática e acordos internacionais; 2- Prevenção e controle do desmatamento; 3- Bioeconomia e atividades agrossilvopastoris; 4- Justiça climática; 5- Energia; 6- Biodiversidade e áreas costeiras; 7- Indústria e gestão urbana; e 8- Governança e financiamento da política ambiental nacional.


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