Para Graham Stock, da Bluebay Asset Management, deixar a Amazônia sucumbir é uma ameaça para as perspectivas fiscais do país

Ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que reclamava da ideia de criação de um imposto de carbono no Brasil, um dos investidores europeus, Graham Stock, fazia um alerta importante. “Na COP26 do ano passado o Brasil fez mais promessas para eliminar o desmatamento, mas isso não está acontecendo”, afirmou o estrategista para títulos soberanos de mercados emergentes da Bluebay Asset Management.

Como registra o Estadão, o investidor europeu avalia que deixar de proteger a Amazônia terá consequências desastrosas para o futuro do Brasil e do próprio planeta. “Acreditamos que deixar de prevenir o desmatamento é uma ameaça às perspectivas do Brasil e para a posição fiscal do país e, portanto, para a capacidade futura do governo de honrar seus títulos que mantemos em nossas carteiras de mercados emergentes”, afirmou.

Segundo as repórteres Lorenna Rodrigues e Célia Froufe, a participação de Stock e Campos Neto no seminário “Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes” acabou com um diálogo entre eles. “A Amazônia é enorme e às vezes é difícil cuidar de todos os seus problemas. O ministro Joaquim Leite (Meio Ambiente) sempre me convida, e agora eu repasso o convite ao senhor: pegue um avião, viaje para a Amazônia e veja a Amazônia de perto”, disse o presidente do BC.


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