Plano do governo federal para eliminar a malária do Brasil até 2035 é bem-vindo, mas esbarra na antipolítica ambiental do Palácio do Planalto

A colunista Marcia Castro, na Folha, descreve a relevância do plano lançado pelo Ministério da Saúde para eliminar a malária do Brasil até 2035. Em 2021, o país registrou 139.967 casos da doença, 99% deles em estados da região amazônica. Porém, como explica a especialista em saúde pública, as políticas públicas do próprio governo – ou falta delas – nos últimos anos podem dificultar o êxito do plano. “As estratégias do atual governo no que tange às questões ambientais e indígenas representam um retrocesso histórico e têm contribuído para o aumento do desmatamento, a expansão do garimpo ilegal e a violação de direitos dos Povos Indígenas”, escreve Marcia.

Este contexto tem impulsionado o aumento dos casos de malária em áreas sensíveis da Amazônia. De 2007 a 2018, em média, 13% dos casos de malária foram observados em áreas indígenas e 5% em áreas de garimpo. Desde 2007 não se via um percentual tão alto de casos nessas áreas, o que pode colocar todo o plano em xeque.


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