Biodiversidade brasileira vira matéria-prima em startup química

Uma análise química detalhada do chamado mel de cacau fez com que pesquisadores de uma startup de Campinas dessem o primeiro passo no desenvolvimento de um creme facial e de uma loção corporal hidratante à base do fruto da biodiversidade brasileira. Em laboratório, o produto não causou irritação na pele e promoveu a regeneração celular.

Como mostra a Agência FAPESP, a inovação começou quando o químico Fábio Neves dos Santos visitou as fazendas de cacau em Ilhéus para a sua pesquisa de doutorado. Durante a extração da amêndoa, usada na matéria-prima do chocolate, um líquido se forma após a prensagem manual da polpa do fruto. E grande parte dele é descartado como resíduo agrícola.

A análise desse chamado mel do cacau, que tem sabor bastante adocicado, surpreendeu. O líquido, que é pouco viscoso, apresenta uma grande quantidade de açúcares e redutores, como frutose e sacarose.

O produto, mostraram também os resultados da avaliação, possui atividade antioxidante devido a compostos orgânicos bioativos, além de fibras alimentares, altos teores de vitamina C e minerais essenciais, como potássio, sódio, cálcio, ferro, manganês e zinco. Por isso, apresenta potencial para ser utilizado como ingrediente em produtos alimentícios e cosméticos.


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