Para especialista, anúncio do governo do PR de plantar 40 mil mudas de araucárias tem poucos efeitos para conservação da biodiversidade
Não é somente o número de mudas que faz uma boa restauração florestal. O alerta foi dado pelo zoólogo Clóvis Borges, diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental, em um artigo no site da revista Página 22.
Borges comenta o anúncio do governo do Paraná, que prometeu plantar 40 mil mudas de araucárias. Segundo o especialista, a ação sozinha é insuficiente para recuperar a biodiversidade da floresta no estado. “Não há justificativa técnica que justifique o uso unilateral de uma espécie em ações de restauração”, escreve. “Não basta simplesmente plantar árvores”.
Para ele, resultados eficientes em projetos de restauração dependem principalmente do rigoroso respeito aos critérios técnicos do campo da conservação da biodiversidade. “Já não é mais possível alegar falta de conhecimento técnico nesse campo de atuação, uma vez que a Academia e um conjunto de instituições públicas e privadas abrigam amplo conjunto de técnicas que estão à disposição para serem implementadas com grande precisão”, argumenta.
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