Cientistas comparam valores destinados a atividades ilegais com investimentos em bioeconomia e C&T nos últimos anos

Em artigo publicado no site ((o))eco, quatro cientistas – Charles Clement, Ima Vieira, Philip Fearnside e Lucas Ferrante – destacam como o crime organizado passou a ser ator dominante em atividades na Amazônia. Enquanto isso, os investimentos em bioeconomia minguaram nos últimos anos.

Um exemplo citado é a exibição de garimpeiros no rio Madeira em novembro de 2021, quando mais de 300 balsas de mineração foram enfileiradas ao longo do rio. A Polícia Federal estimou em R$ 100 milhões o valor de toda a frota, valor correspondente a três vezes o orçamento de novos projetos para pesquisa e desenvolvimento ofertados pelo CNPq em 2022. Além do garimpo, outras atividades, como a grilagem e a exploração ilegal de madeira, também trazem sinais de crime organizado.

A Amazônia brasileira contribui com quase 10% para o PIB brasileiro mas, mesmo antes de Bolsonaro, recebia apenas 5% dos investimentos federais em ciência e tecnologia. O percentual foi drasticamente reduzido nos últimos três anos.

“Se a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam incluir a floresta amazônica como parte da resposta da sociedade global às mudanças climáticas, é preciso pressionar o governo agora e mudar o cenário político”, defendem os pesquisadores.


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