Mananciais da grande São Paulo estão sob forte pressão

A capital paulista ainda tem 27% de seu território ocupado por florestas. Como mostram os dados do MapBiomas são áreas verdes concentradas principalmente nos extremos sul e norte da cidade.

Regiões que vivem um ciclo vicioso, principalmente por causa da falta de planejamento urbano que se arrasta há décadas. É verdade que as equipes de fiscalização, como mostra a reportagem da BBC Brasil, vem tentando atenuar o problema – os autos de infração contra a flora do município cresceram 49% na comparação de 2021 com 2020 –, mas a pressão é gigantesca.

Principalmente, sobre os mananciais da cidade, que vivem em estado crítico por causa do desperdício de recursos hídricos tanto público quanto da população, além de ser impactado pelas mudanças climáticas globais. O crime organizado está atrelado à especulação imobiliária de áreas periféricas. A pobreza e a falta de visão de longo prazo das prefeituras da grande São Paulo também empurram as pessoas para moradias irregulares.

Em tempo: O Sistema Cantareira, que abastece a maior parte da capital paulista e dos municípios de seu entorno, fechou abril com 44% de sua capacidade operacional, com o total de chuvas do mês (16 mm) representando apenas 16% da média histórica (83,2 mm). Este é o pior índice desde 2016, na esteira da crise hídrica que atingiu SP no ano anterior, quando o volume de ocupação da Cantareira fechou o mesmo mês com 36,3%.


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