Estudo mostra que cooperados já exploram áreas gigantescas na Amazônia

As operações das cooperativas de garimpeiros na Amazônia se aproximam, cada vez mais das realizadas pelas grandes indústrias do setor. Mas devido à legislação em vigor, as regras que recaem sobre os cooperados são muito mais brandas do que as aplicadas sobre as empresas de mineração.

Resultado, como discute esta reportagem do Valor, é que fica mais complexo rastrear as atividades das cooperativas, o que abre espaço para a geração de importantes impactos socioambientais. Em termos de área outorgada, as cooperativas detêm sete das dez maiores áreas com permissão ou concessão para mineração de ouro da Amazônia.

“O que a gente vê é que o garimpo de ouro na Amazônia, longe de ser uma atividade exercida individualmente por vulneráveis e de forma precária utilizando técnicas muito rudimentares, tem uma natureza industrial quando exercido por cooperativas”, diz Joana Chiavari à repórter Daniela Chiaretti. A pesquisadora é uma das autoras do estudo feito pelo Climate Policy Initiative (CPI).

A principal conclusão do trabalho é que existe um claro descompasso na regulação minerária em prejuízo ao meio ambiente e que os recentes decretos presidenciais reforçam esse desequilíbrio. De acordo com Joana, é um bom momento para o assunto ser colocado em debate, uma vez que o Congresso discute o marco legal da mineração.


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