Custo da exploração de recursos naturais em Terras Indígenas chega a R$ 6,6 bilhões

Uma análise inédita conduzida pela Conservação Estratégica (CSF Brasil), e publicada pelo Valor, dá a dimensão dos prejuízos socioambientais da exploração de recursos minerais em Terras Indígenas da Amazônia. A organização, que atua promovendo projetos econômicos que favoreçam a conservação junto a governos, financiadores, produtores e ambientalistas, estimou em R$ 6,6 bilhões o prejuízo total.

A análise focou em três locais bastante impactados: o território Yanomami, em Roraima e no Amazonas; a bacia do Tapajós, no Pará, e a bacia do rio Madeira, em Rondônia. Os cálculos, com dados de 2020, revelam que os valores médios dos prejuízos sociais e ambientais por causa do garimpo variam de R$ 940 mil a quase R$ 2 milhões por quilo de ouro extraído. É mais do que o dobro do valor do mercado do minério, como explica o texto da jornalista Daniela Chiaretti.

Segundo o economista Pedro Gasparinetti, diretor da CSF Brasil, a pesquisa indica que os prejuízos causados pelo garimpo ilegal vão muito além dos que atingem apenas os indígenas. “O impacto é na Amazônia inteira e nas cidades também”, afirma.


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