Esquema de notas frias “esquenta” manganês ilegal e deixa rastro de destruição ambiental do Pará

Reportagem do Estadão detalha como o mercado clandestino de manganês no Pará, em municípios como Parauapebas, Curionópolis e Marabá, deixa uma trilha de ilegalidades, garimpo e desmatamento para trás. Por meio de notas frias, o local verdadeiro da retirada de milhares de toneladas de minério – Unidades de Conservação, Terras Indígenas e até áreas de concessões privadas – é camuflado.

Como mostra o texto assinado pelo repórter André Borges, “o plano consiste em utilizar, sistematicamente, documentos de extração emitidos em outros estados, onde sequer há minas com atividades de exploração”.

Um dos casos relatados é o de um carregamento de manganês com 5 mil toneladas exportado para Ásia pelo valor de R$ 2,4 milhões. Pela documentação da extração, o minério tinha origem em Cavalcanti (GO). Porém, a mina declarada na documentação está inativa há aproximadamente 20 anos, após ser explorada por décadas.

O caso, já encaminhado para as autoridades, não é um fato isolado. O modus operandi dos exportadores tem deixado um rastro de destruição ambiental e prejuízos bilionários no sudeste do Pará, diz o jornal. O manganês é insumo fundamental na indústria do aço; a China é o destino de mais da metade da produção brasileira.


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