Aumento da demanda global pelo mineral, de onde é extraído o estanho, é mais um estímulo para a invasão de garimpeiros clandestinos em Roraima

A cassiterita passou a ser uma motivação extra para o ingresso de garimpeiros clandestinos na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O mineral, de onde é extraído o estanho, está valorizado no mercado internacional.

“A cassiterita está comandando Roraima”, segundo disse José Altino Machado ao Repórter Brasil, em texto publicado pela Folha. Zé Altino, como é mais conhecido o garimpeiro que atua há 50 anos na região, se denomina pioneiro na busca pela cassiterita. “Nos anos 1980 eu estava sozinho na cassiterita. Todo mundo queria ouro. Agora mudou, todo mundo quer a cassiterita”, diz Altino.

Os dados obtidos com a PF e com a Agência Nacional de Mineração sustentam a fala do garimpeiro. Em março, a PF apreendeu 110 toneladas de cassiterita na capital Boa Vista. A quantidade já supera todas as 80 toneladas apreendidas durante todo o ano de 2021. Não existem registros de apreensão do mineral de 2020 para trás.

Em 2019, 6 requerimentos de pesquisa mineral ou de lavra garimpeira em Terras Indígenas foram registrados. Número que passou para 10 em 2020 e para 27 em 2021. Até abril deste ano, mais 14 pedidos deram entrada na Agência Nacional de Mineração.


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