Relatório publicado pelo IPCC mostra que apenas estancar o desmatamento não é o suficiente

Não existe nenhuma possibilidade de dissociação entre crise climática e desmatamento. O que significa também, segundo Ricardo Galvão, do INPE, e o ambientalista Ricardo Tripoli – que assinam juntos um artigo na Folha – que o tema ambiental é absolutamente central na agenda eleitoral brasileira.

Os dados mais recentes do IPCC mostram, por exemplo, como o clima vai ficar mais seco na região central do Brasil. Esse processo afeta diretamente a agricultura brasileira. Mas, além disso, outras ações provocadas pelo homem estão ajudando a potencializar a gravidade da crise climática, segundo os articulistas.

“Estamos assistindo a um descontrolado e criminoso aumento do desmatamento da Amazônia, graças ao governo federal. Um dos efeitos é a diminuição do transporte da água evaporada da floresta pelos ‘rios voadores’”. Esses fluxos de umidade que se deslocam da floresta para o centro do país, sendo importante até para as regiões Sudeste e Sul, são fundamentais para o regime de chuva.

No caso do desmatamento, o processo precisa ser estancado e não estimulado como vem ocorrendo. “Mas só isso não basta”. Galvão e Tripoli defendem também a institucionalização de políticas de reflorestamento e de desenvolvimento sustentável para regiões como a Amazônia. Além da recuperação de órgãos como IBAMA, ICMBio e INPE.


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