Crescimento rápido da população atrelado à falta de saneamento intoxicam a vida aquática

Os grandes rios da Amazônia Legal estão contaminados com uma ampla variedade de produtos farmacêuticos, incluindo analgésicos, antibióticos e anti-inflamatórios, além de conter altas taxas de cafeína e nicotina, segundo reportagem do site Mongabay. As análises foram feitas a partir de amostras de água colhidas nos rios Amazonas, Negro, Tapajós e Tocantins. Pequenos afluentes que passam pelas cidades de Manaus, Santarém, Belém e Macapá também foram avaliados. No total, os cientistas encontraram 43 contaminantes nas águas, em concentrações que podem afetar de 50% a 80% das espécies aquáticas.

Nos córregos que passam próximo às cidades, as concentrações chegam a ser cem vezes maiores do que nos grandes rios amazônicos. Pelo fluxo de água ser maior nos rios mais importantes da região, a poluição acaba sendo mais diluída.

O grande crescimento populacional na Amazônia em 50 anos – a população de 28,1 milhões mais do que dobrou no período – e a falta de saneamento básico ajudam a explicar a poluição química das águas do Norte do Brasil, segundo os autores do estudo. A coleta de esgoto na Amazônia é a mais baixa do país, com uma cobertura de apenas 22,8%.


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