Em uma década, número de indígenas infectados por malária cresceu 700%

A relação é direta, conforme explicam os cientistas ouvidos pela Reuters. O aumento da mineração clandestina em Território Yanomami, ao destruir de forma significativa a floresta, abre muitos espaços para o surgimento de doenças entre os indígenas.

Entre elas, a malária. Na última década, como mostram os dados compilados pela reportagem, a quantidade de indígenas infectados cresceu 700% apenas nas Terras Yanomamis.

Como explica Paulo Basta, pesquisador da Fiocruz, o impacto ambiental do garimpo ilegal não é apenas sobre a floresta. Existe também a contaminação do solo e dos rios por causa do uso excessivo do mercúrio, substância que ajuda na separação do ouro de outros minerais.

Ao focar no pacote completo, que inclui também a destruição da biodiversidade amazônica, fica fácil perceber como o desequilíbrio ambiental gerado pela mineração cria condições perfeitas para o surgimento de doenças transmitidas pelos mosquitos, ressalta Basta. Existem aproximadamente 26 mil Yanomamis vivendo na região entre o Brasil e a Venezuela. É a maior reserva indígena do país.


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