NFTs da Amazônia podem ter efeito limitado para conservação em longo prazo

Por meio digital, via os NFTs da Amazônia, qualquer pessoa  do mundo pode comprar um pedaço de terra na região para preservar. E, mesmo à distância, pode acompanhar, via imagens de satélite, se a vegetação permanece em pé.

A experiência já está em curso, como mostra o jornal O Globo. Em fevereiro, uma área de 111 hectares no sul do Pará foi negociada por R$ 1,5 milhão. Cada token equivale a um hectare. Um total de 150 pedaços foram criptografados e depois reagrupados em três séries de 50 NFTs.

Além da preservação, alguns compradores esperam lucrar com os ativos adquiridos agora, seja pela valorização patrimonial, seja pela ampliação do mercado de carbono ou dos pagamentos por serviços ambientais – que ainda carecem de regulamentações.

Especialistas também debatem se os NFTs podem ter o efeito benéfico esperado para o ambiente no longo prazo. Isso porque, se esses projetos não forem atrelados a uma estratégia mais ampla de conservação, eles podem ter pouco impacto na manutenção da biodiversidade e dos serviços ambientais relacionados à floresta.

Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.

Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento. O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.

Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.