Desmatamento de 10 mil ha em MG gera impasse em conselho de políticas ambientais

Um imbróglio que envolve o desmatamento de uma grande área de Cerrado dentro da Fazenda Novo Buriti, no norte de Minas Gerais, virou um impasse no Conselho Estadua de Políticas Ambientais de Minas Gerais, como mostra reportagem no jornal Estado de Minas. O pedido de licença de supressão de vegetação foi feito para 10,3 mil hectares, que equivale a um terço do tamanho da cidade de Belo Horizonte.

A empresa BrasilAgro, proprietária da fazenda, pretende investir em pecuária e produção de grãos. Ambientalistas questionam estudos de impacto ambiental apresentados: segundo eles, o EIA-RIMA falha em citar animais já relatados na região, inclusive espécies ameaçadas, e afirma que a área tem majoritariamente vegetação secundária, mas sem apresentar evidências históricas ou científicas. “Pelas fotos de satélites que vemos, 80% da mata não foi desmatada e apenas 20% foi afetada na década de 1970. Ou seja, falamos de grande parte da mata primária, que abriga a biodiversidade”, afirma Lígia Vasconcelos, representante da Fundação Relictos no conselho.

Diante do impasse – a votação do projeto no Conselho já foi adiada –, Vanessa Naves, presidente do Conselho e diretora do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG), decidiu pedir diligências. O objetivo é levantar mais informações do local antes da votação.


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