Desde 2019, atividades criminosas de garimpo destroem a floresta nos limites da Estação Ecológica Juami-Japurá, no Amazonas. Nos três primeiros meses de 2022, a pressão cresceu ainda mais

Há 3 anos, atividades criminosas atreladas ao garimpo de ouro derrubam trechos de floresta na Estação Ecológica Juami-Japurá. Segundo relatório obtido com exclusividade pelos InfoAmazonia e Plenamata, a situação está ainda mais crítica neste início de ano. Imagens de satélite constatam que o desmatamento cresceu, como também republicou a Folha de S.Paulo.

O documento informa que dragas e barcos agem no apoio aos crimes na unidade de conservação, de proteção integral, localizada a 700 km de Manaus, perto da divisa com a Colômbia.

“Os alertas oficiais sobre desmatamento e degradação florestal, o relato da presença de dragas, as mudanças no leito e na sedimentação do rio Juami, mesmo durante a estação seca, quando isso não deveria ocorrer, como evidenciam as imagens de satélite, apontam que há garimpo ilegal na área protegida”, afirmou o pesquisador Antonio Oviedo, do Instituto Socioambiental (ISA), ao ter acesso às imagens de satélite.

É uma região que, por lei, não deveria ter nenhum centímetro quadrado de destruição. Desde 2019, a partir da análise dos alertas de desmatamento do INPE, foram derrubados ali 531 hectares de floresta. Desde janeiro, foram derrubados 23 hectares.


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