Repórter do “The Washington Post” percorre ao lado de cientistas brasileiros a polêmica rodovia que une Manaus a Porto Velho

A viagem dos jornalistas do jornal americano “The Washington Post” pela BR-319 é interessante para entender melhor, a partir de um olhar estrangeiro, todas as idiossincrasias envolvendo a possível pavimentação do trecho ainda de terra da via. Se de um lado alguns clamam pela obra, de outro, e inclusive muitos especialistas na Amazônia, afirmam que o asfalto vai apenas ampliar a destruição da floresta e os conflitos socioambientais da região.

Um dos protagonistas da viagem é o cientista brasileiro Lucas Ferrante, do INPA, que mostra em detalhes, e com base em casos do passado, como a infraestrutura na Amazônia, apesar de importante, acaba acelerando os problemas ambientais da região, principalmente quando mal planejada. E, em alguns casos, ainda ajuda no aumento da violência.

O texto passa por três exemplos que ajudam a ilustrar o conhecido roteiro da Amazônia. Como é o caso dos processos que ocorreram em São Félix do Xingu e em Altamira. Atualmente, a grilagem de terras e o desmatamento ilegal têm feito explodir os casos de homicídio em Huamaitá. O fim da história, como relata o jornalista Terrence McCoy, é incerto. Mas pode, inclusive, contemplar um tipo de desenvolvimento onde a floresta seja algo que ficou apenas no passado da região.


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