Conceito importado da Europa no fim dos anos 1990 já era praticado, mesmo sem saber, por fazendeiros pantaneiros

O ciclo natural do bioma Pantanal ajudou e alguns fazendeiros da região passaram nos últimos anos a lucrar mais com a chamada pecuária orgânica, como mostra reportagem do jornal Valor Econômico. O fato das fazendas ficarem alagadas durante uma época do ano ajuda na reciclagem dos nutrientes do solo e também na limpeza de plantas invasoras. Os dois processos acabam fazendo despencar a necessidade do uso de herbicidas ou de produtos químicos em geral durante a produção.

Como exatamente esses são alguns dos preceitos básicos da chamada pecuária orgânica, conceito importado da Europa no fim dos anos 1990, algumas fazendas pantaneiras começaram a se engajar nesse tipo de processo. Segundo a Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável, cinco fazendas do Pantanal produzem carne orgânica. São ainda apenas 500 animais por mês, mas a arroba do animal criado nesses moldes já está sendo comercializada entre R$6 e R$7 acima do gado convencional. A expectativa é que o crescimento desse tipo de produção nas fazendas pantaneiras ajude a preservar o bioma. Segundo o IBGE, 87,5% da mata nativa do Pantanal está intacta até hoje. Além da pecuária, as secas extremas, e por consequência as queimadas, também são grandes ameaças para a região.


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