WWF mostra caminhos para que a crise climática seja enfrentada de forma coletiva e cotidiana

Como cada vez mais a crise climática está batendo à porta de todos, trazer o assunto para o dia a dia das pessoas acaba sendo fundamental. Em entrevista para o portal Um Só Planeta, Renata Camargo, especialista no tema da ONG WWF Brasil, busca fazer essas conexões. Inclusive, com um exemplo pessoal.

Em uma casa em construção nos arredores de Brasília, o sistema de captação de chuva foi dimensionado com base no volume histórico de chuvas para a área. “Mas a nossa casa foi inundada, mesmo com o escoamento sendo planejado. A vazão da água da chuva está muito forte, e é algo com que nós vamos cada vez mais nos deparar. Vamos ter que ter esse jogo de cintura para lidar com os problemas, tanto a chuva quanto a seca”, afirma Renata.

Além de organizar pequenos grupos no bairro ou no condomínio para implementar pequenas soluções como reduzir o consumo de energia, ou comprar dos pequenos produtores locais que estão próximos, existe a necessidade de uma mudança coletiva de mentalidade no caso do Brasil, explica Renata. Para ela, o brasileiro é muito reativo, o que não é bom no caso de problemas ambientais de grande magnitude.

“O brasileiro reage muito às consequências. Se está indo tudo bem, vai indo. Quando algo ruim acontece, ele reage. Não é bom que esse seja o nosso tipping point (ponto de inflexão)”, reflete a ambientalista da WWF.


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