Maior desmatamento para um mês de fevereiro em seis anos também ocorreu em grande escala em Unidades de Conservação

O sistema de alertas do INPE registrou uma perda florestal 62% maior em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo período de 2021. Os 199 km2 aferidos pelos satélites representam a maior taxa de desmatamento para o mês em seis anos, apesar das chuvas registradas no período.

Parte desta taxa de destruição, por volta de 12% dos alertas de fevereiro, entretanto, está atrelada a Unidades de Conservação federais e estaduais. Entre as mais afetadas, com uma perda de 14 km2, está a Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu, informa o InfoAmazonia.

Segundo a reportagem, as Florestas Nacionais do Jamanxim e do Amaná, ambas no Pará, e a Reserva Extrativista Jaci-Paraná, em Rondônia, também estão entre as mais pressionadas. Em termos estaduais, os líderes de desmate são Mato Grosso, Pará e Amazonas. Para especialistas, não chega a ser surpresa a grande pressão que existe sobre as Áreas Protegidas. Mas o que salta aos olhos, segundo Ângela Kuczach, diretora da Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação, é a falta de fiscalização, ainda mais sobre Unidades de Conservação. “Áreas públicas não destinadas já são foco de intenso desmatamento, mas uma linha foi cruzada e agora os crimes avançam fortemente sobre as Áreas Protegidas, ainda sem uma resposta à altura dos governos”, segundo Ângela.


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