Organizações da sociedade civil brasileira pedem que todos os biomas nacionais sejam contemplados

Na semana em que os ministros de Meio Ambiente da União Europeia (UE) se reunirão para discutir o projeto de lei que proíbe a importação de produtos atrelados a áreas ligadas ao desmatamento, a pressão a favor da medida cresce. E vem também de organizações da sociedade brasileira.

As instituições, como relata a Folha, enviaram uma carta à UE com uma série de pedidos. O documento é assinado por 34 organizações. Se o bloco europeu aprovar a medida, haveria um maior controle nas importações de carne bovina, soja, óleo de palma, cacau e café. Culturas quase sempre associadas ao desmatamento de biomas como o amazônico.

Em tese, as organizações ambientalistas nacionais concordam com a medida. Mas pedem que alguns pontos sejam melhorados no caso específico do Brasil. Um dos pontos é que o termo “floresta”, que como está no esboço do texto da lei, é muito restritivo, excluindo áreas como as do Pantanal, do Cerrado e até do Pampa.

Outro ponto delicado, afirmam os ambientalistas, é que o projeto permite que as restrições sejam feitas a pedaços das propriedades e não a totalidade delas. O que pode permitir aos donos de terra usar parte de suas áreas para produzir para as exportações enquanto continuam com o desmatamento em outros cantos de suas fazendas.


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