Desmatamento está mudando as espécies encontradas em riachos de Rondônia

Alterações no hábitat não são bem suportadas por espécies de peixes sensíveis a mudanças bruscas no ambiente. Com base nisso, pesquisadores do Brasil, da Colômbia e dos Estados Unidos conseguiram flagrar uma triste realidade em curso nos riachos de Rondônia, região inserida no chamado Arco do Desmatamento.

As muitas espécies que não suportam a nova realidade imposta pelo desmatamento estão sendo, aos poucos, trocadas por poucas espécies mais resistentes aos impactos ambientais, como relata a Agência FAPESP. O problema vai muito além da simples perda de biodiversidade. Envolve também impactos negativos nas funções ecológicas dos ecossistemas.

“Existe uma hipótese dentro da ecologia de que os vertebrados terrestres suportariam até 60% de perda de hábitat antes de entrar em processo de declínio populacional e, em seguida, de extinção local. Estudando peixes de riachos, verificamos que parte das espécies suporta apenas 10% de perda de hábitat, e suas populações começam a declinar em menos de dez anos após o início do desmatamento. Outras, porém, são beneficiadas com perdas de mais de 70% do hábitat”, afirma Gabriel Brejão, principal autor do estudo realizado no Instituto de Biociências da Unesp de São José do Rio Preto.


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