Tramitação do PL da Grilagem, no Senado, deve ser acompanhada de muito perto

Para Luiza Lima e Thaís Bannwart, analistas de políticas públicas do Greenpeace, não é exagero afirmar que “está nas mãos de Rodrigo Pacheco o futuro das nossas florestas”. Elas dizem isso devido ao poder que o presidente do Senado tem para definir quais temas serão debatidos e aprovados pela Casa.

Para as pesquisadoras, Pacheco tem uma decisão importante pela frente. Ele ficará do lado das florestas e da vida ou do interesse de grileiros e desmatadores ilegais?

Em artigo para o jornal Nexo, as representantes do Greenpeace destrincham todas as consequências negativas que uma eventual aprovação dos chamados “PLs da Grilagem” (PL 2633/2020 e PL 510/2021) tem para regiões como a Amazônia e o Cerrado. Segundo elas, esses projetos de lei representam “o que há de mais atrasado no agronegócio”, indo na contramão do que precisa ser feito para minimizar os impactos das crises “ambiental, econômica, de saúde pública e social” que o país enfrenta. O que está em jogo, para elas são, “simplesmente”, mudanças nas leis para se legalizar as ocupações das Terras Públicas. “Se antes os grileiros eram também beneficiados, hoje as alterações defendidas pelo governo Bolsonaro e pelos ruralistas fazem com que os grileiros sejam os maiores beneficiados.” Isso está no centro do debate sobre os PLs da Grilagem e eles devem ser acompanhados de perto pela sociedade brasileira.


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