Estudo da ESALQ calculou o impacto socioeconômico e ambiental da restauração de áreas degradadas

A recuperação de pastagens degradadas pode ter um impacto não desprezível nas contas do setor pecuário. Estudo desenvolvido pela ESALQ/USP e publicado pelo jornal Valor Econômico mostra uma relação positiva entre a reutilização de áreas improdutivas e o impacto deste processo sobre o PIB.

Pelos cálculos dos pesquisadores, a recuperação de pastagens degradadas no Brasil na última década contribuiu para o crescimento do PIB brasileiro em 0,31%, ou quase R$ 17 bilhões.

Em um dos cenários avaliados, o foco recaiu sobre o retorno social obtido a partir da linha de crédito do Programa ABC, de agricultura de baixo carbono. Para cada real investido neste programa houve um retorno de R$ 0,56 à sociedade. “É uma taxa de retorno social de 6,5% em termos reais ao ano. É um valor alto mesmo se comparado a outras políticas, como o uso de etanol e biodiesel, que têm um impacto de 0,03% no PIB”, afirma Joaquim Ferreira Filho, coordenador do estudo da USP.

Os resultados do trabalho podem ajudar tanto os pecuaristas a abraçarem mais a causa da recuperação de áreas degradadas, quanto os diferentes escalões do governo a criar mais mecanismos para favorecer essa prática.


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