Para controlar os crimes ambientais, polícia federal estuda criar uma base aérea na floresta com helicópteros de grande porte

Os números, apesar da retórica oficial vinda de Brasília, não mentem. As taxas do desmatamento amazônico estão em níveis elevados, o que afeta tanto a vida das Comunidades Tradicionais da floresta quanto a imagem do Brasil no exterior. Um dos caminhos para reverter essa situação, segundo disse ao Valor o delegado Luís Flávio Zampronha, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF, é investimento em mais logística para a região.

Como a PF só tem cinco helicópteros próprios, todos sediados em Brasília, Zampronha afirma que está em estudo não apenas a compra de novas aeronaves específicas para atuação na Amazônia como também a instalação de uma base aérea na região.“Nosso grande problema, na verdade, é geográfico. É a extensão das áreas que nós temos que proteger e temos que atuar”, disse o delegado.

Na visão do diretor da PF, crimes atrelados ao garimpo ilegal ou à extração de madeira nobre não têm tanta interferência nos aumentos das taxas de desmatamento – o que não significa que eles não devem ser combatidos. Mas, para Zampronha, o foco, no intuito de diminuir a destruição em massa da floresta, deve estar na grilagem de terras e em ações ilegais de corte raso da floresta.


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