Dentro do ideário de sustentabilidade, existe uma rota ainda pouco explorada que pode cair como uma luva para a Amazônia

Desde os anos 1970, quando o tema da sustentabilidade começou a ganhar corpo no cenário internacional, algumas ideias surgiram para englobar conceitos que poderiam levar o mundo a ser menos ameaçado. Os programas de Crescimento Verde, do Banco Mundial, e Economia Verde, da ONU, estão entre elas. Mais recentemente se cunhou o termo bioeconomia para dar a ideia de práticas voltadas para uma espécie de transição ecológica, ou seja, do lado insustentável para o sustentável.

Agora, como explicam os acadêmicos Francisco de Assis Costa (UFPA) e Carlos Nobre (USP) em artigo para o portal Um Só Planeta, existe uma terceira via, que pode, inclusive, interessar bastante ao Brasil e mais especificamente à Amazônia.

A chamada bioeconomia bioecológica, explicam os cientistas e experts em Amazônia, é guiada por princípios agroecológicos ou agroflorestais aderentes às necessidades de inclusão e equidade social de determinado bioma.

“Na Amazônia, a bioeconomia referida ao bioma se faz ou porque se manejam os recursos originários do bioma (os recursos das matas, das águas e dos solos) numa espécie de “extrativismo dinâmico”, mantendo a diversidade e complexidade seminais em “sistemas silviagriculturais”; ou porque se procuram imitar em “sistemas agrosilviculturais” as qualidades do bioma – o que resulta numa “agricultura holística”, diversa e complexa. São milhares de estabelecimentos rurais na Amazônia hoje que já seguem estes preceitos. Por isso, defendem os autores, é um caminho que merece uma atenção primordial de todos.


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