Levantamento feito por consultoria revela que apenas 16% das 384 companhias da Bolsa de São Paulo tem metas atreladas à preservação florestal

A comparação entre o Brasil e a Europa revela um dado alarmante. Do lado de cá do Atlântico, apenas 16% das 384 empresas listadas na B3, a bolsa de valores oficial do Brasil, situada em São Paulo, têm metas ambientais atreladas à preservação florestal. Na Europa, também considerando as companhias de capital aberto, esse índice sobe para 90%, conforme registra o jornal Valor Econômico.

Uma análise mais detalhada nas metas das empresas listadas na B3 mostra que apenas 5% delas apresentam objetivos mais específicos, com prazos e percentual de redução do desmatamento a ser atingido.

Segundo Felipe Guterres, presidente da Luvi One, consultoria que fez o estudo, como o Brasil ficou muito tempo considerando que a preservação ambiental era assunto de governo, o setor privado assumiu um papel secundário na resolução do problema. Isso está mudando, segundo ele, devido ao aumento das exigências impostas pelo próprio mercado consumidor nacional, mas principalmente internacional.

Em tempo: Também no Valor, reportagem feita a partir de um estudo inédito da rede global Business for Nature informa que o mundo gasta 2% do PIB Global, ou US$ 1,8 trilhão, em subsídios que causam danos aos ecossistemas e perda de biodiversidade. Apenas no setor da agricultura o valor atribuído alcança US$ 520 bilhões. Esses gastos, por consequência, financiam práticas insustentáveis que geram erosão do solo, perda de biodiversidade e emissões de gases de efeito estufa.


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