Modelo hegemônico, que privilegia o agronegócio, gera distorções sociais e ambientais relevantes

Em artigo na Folha, pesquisadores brasileiros defendem a tese de que o modelo de desenvolvimento econômico e produção agrícola escolhido pelo Brasil, totalmente voltado para a produção de commodities, tem gerado impactos deletérios, dentre os quais o aumento da fome e os recordes de desmatamento.

Os paradoxos estampados nos jornais brasileiros, que demonstram, ao mesmo tempo, recordes de produção de grãos, de fome e de desmatamento, não podem ser vistos como fenômenos isolados, afirmam os articulistas. Para eles, a composição desses indicadores “são faces de um mesmo modelo hegemônico de produção e consumo de alimentos que privilegia as commodities e negligencia a comida (no prato) dos brasileiros”.

Os pesquisadores também atrelam parte do desmatamento do Cerrado e da Amazônia à expansão das culturas exportadoras, principalmente porque o governo, ao investir em tecnologia e infraestrutura para aumentar o agronegócio, promoveu a necessidade de que mais áreas naturais tenham de ser transformadas em campos de produção agropecuária.

Por mais que o setor do agronegócio tenha aumentado sua eficiência de produção, existe uma tendência perigosa em curso, segundo os pesquisadores.


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