É preciso reverter a normalização dos crimes em curso na Amazônia, diz coordenador da Saúde & Alegria

Com a experiência de quem conhece com precisão o interior do Amazônia, Caetano Scannavino, coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria, compara a atual realidade da região com a Chicago gangster dos anos 1920. “Mata-se e desmata-se, num conluio entre atores privados e públicos. Uma minoria, porém, empoderada e dominante, detém um quinhão do maior patrimônio dos brasileiros a serviço da humanidade”, afirma em artigo na Folha.

A tese central da Scannavino, que também é membro da coordenação do Observatório do Clima, encontra eco entre vários especialistas em Amazônia. Para ele, não adianta falar em desenvolvimento sustentável para a região sem antes resolver a cultura do ilegalismo. A grande saída para a região, como também indica o texto, passa por uma política robusta sustentável para a Amazônia que seja abraçada por todos. “Não se acaba com o ilegalismo legalizando o ilegal, com projetos para liberar garimpos ou boi em reservas. Ou para premiar grileiros com descontos de até 98% para aquisição das Terras Públicas surrupiadas. É insistir num modelo que deu errado, sem mais tempo para errar.”

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