Apesar de o mundo real dizer o contrário, documento enviado por Bolsonaro ao Parlamento afirma que combate ao desmatamento é prioritário

Entre o discurso e a prática do atual governo, salve-se quem puder. O dado medido no mundo real, em 2021, não deixa dúvidas: a devastação da floresta amazônica, em 2021, acumulou os piores índices em 15 anos. Enquanto isso, como o papel aceita tudo, o discurso do presidente Bolsonaro parece um copia-e-cola de textos de qualquer organização ambientalista séria do país.

Sem fazer qualquer menção aos indicadores negativos da atual gestão, o presidente encaminhou na quarta (2/2) uma mensagem ao Congresso Nacional, como mostra a Folha, afirmando que as questões ambientais são absolutamente prioritárias para o governo federal. “O combate ao desmatamento ilegal e a prevenção e combate aos incêndios são pautas prioritárias do governo federal. A agenda de combate ao desmatamento ilegal é pensada e abordada de forma estruturante, com a perspectiva de gerar efeitos duradouros e sustentáveis, levando em consideração as pessoas e suas relações com o território”, diz o documento. 

Se os números de destruição florestal são ruins, os referentes às queimadas seguem a mesma tendência. Agosto de 2021 foi o mês com o maior número de queimadas já registrado no estado do Amazonas. Com 8.588 focos de calor, superou o recorde anterior, agosto de 2020, que, por sua vez, já tinha superado agosto de 2019.


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