IBAMA gastou apenas 41% do orçamento disponível para fiscalizar os biomas brasileiros

Apesar do desmatamento em alta principalmente em biomas como a Amazônia e o Cerrado, o IBAMA utilizou apenas 41% do orçamento previsto para fiscalização ambiental em 2021. A revelação, como informa o g1 e a Folha, consta de um relatório feito pela rede Observatório do Clima.

No ano passado, mostram as análises baseadas em dados públicos do orçamento, o IBAMA tinha à disposição R$ 219 milhões. Porém, apenas 88 milhões foram utilizados. Os números mostram que nem mesmo a verba extra obtida pelo governo no Congresso foi utilizada.

“Havia dinheiro para reforçar o combate ao desmatamento em 2021, mas o IBAMA usou menos da metade do orçamento até dezembro. No caso de prevenção e controle de incêndios florestais foram liquidados até 31 de dezembro R$ 40,3 milhões, ou 70% dos recursos. No ICMBio, a liquidação foi de 73% (R$ 63,7 milhões) do orçamento autorizado para fiscalização e controle de incêndios”, segundo o relatório.

As análises feitas pelos especialistas também mostram como o aumento da fiscalização é uma estratégia eficaz contra o desmatamento. O cruzamento mensal entre o número de autuações e a taxa de destruição florestal mostra como um processo é inverso ao outro. Ou seja, fiscalização fraca coincide com mais árvores cortadas.

Em tempo: De acordo com o Valor, o Mato Grosso registrou recorde de multas ambientais aplicadas em 2021. As 5.004 atuações, se forem todas pagas, poderão render R$ 2,2 bilhões para os cofres do estado, o que seria um recorde segundo o governo estadual.


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