Novo Sistema de Alertas do Desmatamento para a Mata Atlântica mostra mais detalhes da destruição do bioma

Por causa de uma resolução 10 vezes maior do sistema de monitoramento, especialistas conseguiram ver, em detalhes, como a destruição da Mata Atlântica está ocorrendo. E o roteiro deste filme que começa a ser escrito parece não ter um final feliz.

Como mostra reportagem do Estadão, o novo sistema, que acaba de ser lançado e que vai emitir alertas mensais sobre a destruição florestal, enxerga o que está ocorrendo em até um terço de hectare – algo impossível antes. Para isso, são usadas imagens de satélites dez vezes mais aproximadas do que o sistema obtinha anteriormente, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, organização que vai gerar os dados.

“O que a gente vê agora, com esses dados mais aproximados do satélite, é que os produtores rurais aprenderam, infelizmente, a desmatar aos poucos, em pequenas áreas. Com essa prática, ficava muito mais difícil a detecção pelo satélite”, justifica Guedes Pinto, diretor de conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica.

A pressão sobre a Mata Atlântica, mostra o levantamento do novo sistema novo, está ocorrendo em áreas rurais de uso agropecuário, mas também em zonas metropolitanas, como na Grande São Paulo. “Continuamos perdendo florestas antigas e maduras, porém cada vez mais observamos também o corte de matas jovens, que estão em regeneração”, afirma Guedes Pinto. O que, no caso da Grande São Paulo, por exemplo, pode afetar a qualidade dos mananciais de abastecimento de água.


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