Mesmo que despoluição da água ocorrer, os vários usos da região continuarão gerando conflitos

Há vários braços abertos sobre a Guanabara. Do ponto de vista ambiental, o principal deles, faz tempo, é o plano de despoluição da região. Mas mesmo que o objetivo seja atingido, como discute a Folha, será que os outros usos da baía não vão continuar gerando conflitos?

“Afinal de contas o que a gente quer da baía de Guanabara? Que ela seja um porto importante? Um local de serviços para a indústria de óleo e gás? Que seja uma área de lazer? Retome seu papel de produtora de produtos pesqueiros? Palco de competições esportivas? Um espaço para meio de transporte mais bem estruturado?”, indaga o pesquisador Francisco Mendes, do Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da UFRJ, na própria Folha.

Uma das grandes fontes poluidoras atuais da Guanabara, e que tem um potencial de crescimento, é o tráfego de embarcações ligadas à indústria do petróleo. Em 2021, ocorreram 14 vazamentos de óleo na área da baía. Entre 1983 e 2021 o recorde foram 20 ocorrências em 2000. A partir do monitoramento especial feito durante os Jogos Olímpicos de 2016, o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) estima que ocorram 1.325 manchas de óleo por ano em todo o espelho d’água da Guanabara.


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