Lista de produtos que não serão importados pela União Europeia se estiverem ligados ao desmatamento tende a aumentar

Em novembro, veio a primeira decisão. Os parlamentares da União Europeia anunciaram a elaboração de uma lista de commodities que não deveriam ser mais compradas pelo bloco se sua produção estivesse ligada ao desmatamento. O texto legal em discussão engloba, entre outros produtos, a soja, a carne bovina e o café. O Brasil é hoje o maior fornecedor das três commodities para a UE.

Conforme disse ao Valor o deputado Christophe Hansen (da democracia-cristã de Luxemburgo), o relator da proposta em exame na Comissão de Meio Ambiente do Parlamento Europeu, a situação tende a mudar. A decisão a ser tomada pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, deve ampliar a lista de produtos que serão barrados nos 27 países do bloco. Isso, claro, se ficar provado que eles estão associados ao desmatamento florestal. Diferentes grupos políticos, segundo o parlamentar, devem conseguir incluir pelo menos mais dois produtos na lista, o milho e a borracha.

As discussões, que devem durar mais alguns meses, também vão decidir o intervalo temporal a ser considerado na legislação. Enquanto alguns políticos defendem que a produção precisa estar desvinculada da destruição florestal desde 31 de dezembro de 2020, outros grupos querem que o tempo comece a contar em 2016. E tanto faz o desmatamento ser legal ou ilegal.


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