Estudo internacional mostra como a destruição ambiental ajuda na transmissão de zoonoses

O início da pandemia é uma boa pista. Normalmente, a transmissão em grande escala de zoonoses e outras enfermidades ligadas aos ambientes naturais ocorre quando os seres humanos entram em contato direto com animais selvagens. Algumas vezes, o elo entre a natureza e a sociedade pode também estar em animais domésticos.

É por isso que o desmatamento, a urbanização mal feita e outras grandes obras de infraestrutura em áreas intocadas são processos que merecem toda a atenção, como mostra uma reportagem do InfoAmazonia.

O texto parte de uma pesquisa publicada na revista Conservation Letters e reforça a tese de como a preservação florestal é uma grande estratégia para barrar a disseminação de zoonoses, inclusive como a COVID-19.

O trabalho traz casos no Maranhão e de outros estados brasileiros infectados por febre-amarela e febre-maculosa. A chamada “imunidade paisagística”, defendem os autores do estudo, reduz as ameaças de contágio de microorganismos que estão em ambientes naturais, como tudo indica, foi o caso do coronavírus.

“Os ecossistemas preservados são menos propensos a disseminar patógenos do que os destruídos ou que sofreram invasões biológicas, poluição e outros impactos. Uma biodiversidade rica mantém e fortalece a função imunológica das espécies selvagens e reduz as chances de exposição humana a fontes de enfermidades”, afirmou Raina Plowright, da Universidade Estadual de Montana, nos EUA, uma das autoras da investigação científica.


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