Há mais de um ano com colar de rastreamento, onça-pintada vítima de incêndio do Pantanal deixará de ser monitorada

O resultado do monitoramento da onça-pintada Ousado, um macho, está sendo considerado um sucesso pelos cientistas. No grave incêndio do Pantanal em 2020, o animal foi resgatado com queimaduras de segundo grau, principalmente nas patas. Após ser tratada por veterinários em Goiás, recebeu um colar de monitoramento por GPS e voltou para o ambiente.

Mais de um ano depois, como estava programado desde o início, o colar deve cair do corpo da onça a qualquer momento. O prazo de 400 dias de rastreio já está vencido. Para os cientistas que acompanharam todo o processo é um sinal de resiliência da biodiversidade do Pantanal, mesmo depois da destruição histórica causada pelo fogo. Da quase morte, Ousado conseguiu sobreviver e, hoje, vive aparentemente bem na natureza.

Muitos dados coletados ao longo do período de rastreamento ainda serão analisados. Mas, segundo informações publicadas pelo Estadão, trata-se realmente de uma história de resiliência pantaneira. “O Ousado é responsável por boa parte das crias que tivemos em 2021. É um macho jovem que está conquistando território e, por consequência, acasalando com muitas fêmeas”, diz a guia ambiental Eduarda Fernandes, líder da expedição que providenciou o resgate.

A onça vive em uma área de aproximadamente 149 quilômetros quadrados no Parque Encontro das Águas e as fazendas Jofre Velho e São Bento, na região de Poconé (MT).


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