índices recentes de desmatamento mostra importância de projetos de lei em debate no Congresso

Na virada do ano estes dados geraram bastante preocupação: como retrata o jornal O Globo, o Cerrado perdeu 8.531,44 km2 de vegetação nativa entre agosto de 2020 e julho de 2021. Mais uma vez os números oficiais demoraram para ser divulgados. Em termos de extensão de área destruída, é a maior desde 2016.

Os estados do Maranhão, Tocantins, Bahia e Goiás registraram os maiores desmatamentos, principalmente dentro da fronteira agrícola. A questão se impõe para 2022, segundo Raul do Valle, diretor de justiça socioambiental do WWF-Brasil, e vai além de simplesmente reverter os altos índices de desmatamento tanto do Cerrado quanto da Amazônia. Por isso, a atenção precisa também se voltar para o Congresso, defende o ambientalista, onde dois projetos de lei que vão contra a preservação podem ser aprovados nos próximos meses.

“O Brasil não precisa mais desmatar para aumentar a produção agropecuária, mas com o desmonte do aparato de fiscalização e com a aprovação de leis que favorecem quem desmata ilegalmente, infelizmente o incentivo para continuar destruindo esses dois biomas, responsáveis pela água que bebemos e que irriga nossas lavouras, será maior do que o estímulo para se usar melhor as áreas já desmatadas”, afirma Valle.


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