Áreas com garimpos ilegais na Amazônia podem ser compradas pela internet

Ao navegar pelas redes sociais, com o Facebook, é simples se deparar com anúncios, sem rodeios, de vendas de garimpo na Amazônia como mostra reportagem do InfoAmazonia sobre a venda, em Itaituba, PA, de áreas na Área de Proteção Ambiental (APA) Tapajós. Ao conversar com três anunciantes, os jornalistas descobriram que apenas um vendia um garimpo em plena atividade.

Os outros dois, na verdade, vendiam áreas com potencial de mineração onde não há, pelo menos por enquanto, atividades de garimpeiros. Quer dizer, em pelo menos um dos casos, foi fácil identificar que os recursos auríferos do subsolo já estão sendo explorados de forma totalmente ilegal.

Neste caso, questionado, o vendedor da área disse que nunca houve nenhuma operação ambiental na área com o objetivo de interromper a extração de ouro do terreno. Segundo as análises das imagens de satélite, o garimpo feito na área anunciada na internet não é passível de legalização, pois está sendo feito em calhas de rios e igarapés, ou seja, em áreas de proteção permanente.


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