Apesar de algum avanço nos últimos meses em termos nacionais, CAR amazônico ainda patina

O Ministério da Agricultura até implantou uma ferramenta digital para acelerar a leitura do CAR (Cadastro Ambiental Rural) neste ano. Mas ainda existe muito trabalho pela frente, como mostram os dados do Observatório do Código Florestal, também relatados pelo Estadão.

De acordo com a rede de 36 organizações da sociedade civil, criada para acompanhar a implantação do Código Florestal, a situação em termos de apagão de dados ainda é grave na Amazônia Legal. Na região, de cada 100 imóveis 93 ainda não tiveram os dados do CAR validados. O mesmo índice é válido para os estados do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

O saldo do CAR, prestes a completar dez anos, é negativo. Por volta de 36% das áreas a serem regularizadas em todo o país não foram cadastradas pelos proprietários no Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SICAR). “O que vemos é que falta vontade política para dar continuidade ao programa. O que está em jogo, além do meio ambiente, é a economia. Se implementarmos o código florestal, manteremos a força das exportações, a abertura dos mercados, porque essas diretrizes passaram a ser exigências internacionais”, diz Roberta del Giudice, secretária executiva do Observatório do Código Florestal.


Este conteúdo pode ser republicado livremente em versão online ou impressa. Por favor, mencione a origem do material. Alertamos, no entanto, que muitas das matérias por nós comentadas têm republicação restrita.

Aqui você encontra notícias e informações sobre estudos e pesquisas relacionados à questão do desmatamento. O conteúdo é produzido pela equipe do Instituto ClimaInfo especialmente para o PlenaMata.

Se você gostou dessa nota, clique aqui e assine a Newsletter PlenaMata para receber o boletim completo diário em seu e-mail.