Ex-ministro da Agricultura defende atividades que gerem renda para a população amazônica como forma de barrar o desmatamento

Se o discurso é bem conhecido e aceito por uma grande maioria que conhece o dia a dia da Amazônia, o desafio, ainda, é conseguir implementá-lo de fato no cotidiano amazônico. Em entrevista ao Estadão, o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli voltou a defender a tese de que a Amazônia em pé precisa ser rentável e gerar renda para os habitantes da região.

Aos 85 anos, e tendo na biografia a participação no governo Geisel ao mesmo tempo que promoveu a modernização da EMBRAPA, Paolinelli é uma referência para parte do agronegócio nacional. Segundo ele, que se diz a favor da ciência e nem contra ou a favor do governo, a biotecnologia e o manejo sustentável da floresta são as saídas para o Brasil. Se as atividades não forem rentáveis para os 25 milhões de moradores da Amazônia, será difícil manter a floresta em pé.

Pelas contas do ex-ministro, apenas 10% da Amazônia está desmatada e metade do Cerrado ainda está íntegro. Mas ele não nega que a pressão sobre os biomas existe. Porém, defende a ideia de que o fato de a comunidade internacional colocar o Brasil como vilão parte de uma visão de fundo ideológico.


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