Garimpo em terras indígenas cresceu quase 500% em uma década e contamina habitantes com mercúrio

Sete estudos da Fundação Oswaldo Cruz, como revela o InfoamAzonia, atestam a grave contaminação dos povos indígenas no oeste do Pará. Mais precisamente, 60% dos indígenas da Terra Indígena Sawré Muybu estão contaminados com mercúrio em níveis acima do limite recomendado pela OMS.

A origem da contaminação que impregna todos os 200 habitantes da terra indígena, sendo que crianças e mulheres são os grupos mais vulneráveis, é o garimpo ilegal que não para de crescer na região. No total, são três aldeias afetadas do povo Munduruku:  Sawré Muybu, Poxo Muybu e Sawré Aboy.

Os pesquisadores identificaram problemas de saúde grave entre os moradores da região. Seis em cada dez mulheres em idade fértil nas aldeias têm mercúrio no organismo acima dos níveis tolerados tanto pela OMS quanto por agências ambientais dos Estados Unidos e União Europeia, normalmente mais rigorosas. Como todos os indígenas dali têm algum grau de mercúrio no sangue, o risco de saúde está sempre presente, afirmam os cientistas.

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