Se as 1.200 maiores corporações globais tivessem que pagar pelo uso que fazem da natureza a conta seria maior do que a soma dos ganhos líquidos

Em artigo para o UOL, o economista Ricardo Abramovay vai direto ao ponto. Para ele, apostar na promoção de uma economia regenerativa, que faça da valorização da natureza a base da prosperidade, é parte decisiva do programa de reconstrução democrática do país. Para o autor, o governo de extrema direita que atua no Brasil hoje aposta no atraso, assim como parte do empresariado nacional.

Tanto no Brasil quanto no mundo existe um conjunto grande de corporações protagonistas do setor privado que já entenderam a necessidade de precificar o carbono. Lógica válida para as próprias atividades da companhia ou para qualquer negociação de uma forma geral. O que também pressupõe a necessidade dos processos produtivos serem rigorosamente rastreados.

Estudos dão conta que se as 1.200 maiores empresas do mundo tivessem que pagar pelo uso que fazem da natureza, o mais provável seria o encerramento das atividades. A conta, neste caso, ficaria mais alta do que a soma dos lucros líquidos de todos os grupos.

Ou seja, não dá mais para empurrar a responsabilidade para o outro. É por isso que Abramovay defende a tese de que uma pergunta-chave precisa ser respondida pelo “administrador empresarial sintonizado com o presente (e não agarrado ao atraso e ao fanatismo): quais são as mudanças no leque de produtos e nas tecnologias adotadas para que a oferta de sua empresa à sociedade deixe de destruir a natureza e contribua a regenerá-la?”

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