Fiscalização pouco criteriosa e demanda global por títulos verdes sustenta expansão do setor agrícola

Em tempos de busca cada vez maior por lucros e dividendos, recursos dos aposentados norte-americanos podem estar turbinando a pressão ambiental sobre a floresta amazônica, segundo o The Intercept. O efeito cascata é de simples entendimento. Os grandes fundos de investimento globais, interessados em dar um bom retorno para seus investidores, estão com foco na expansão exponencial do setor agrícola de commodities, principalmente em países como o Brasil.

Neste sentido, grandes empresas do setor, apesar de estarem usando um discurso favorável ao meio ambiente mais recentemente, podem estar usando os recursos obtidos via mercado financeiro para, indiretamente, destruir a floresta e o cerrado. É natural que os grandes grupos de investimentos busquem o Brasil, país líder na produção de soja e carne bovina.

O que a reportagem também discute em profundidade é até que ponto a falta de critérios claros sobre o que é realmente um fundo verde não estaria facilitando a ligação direta entre recursos globais e desmatamento. A expansão do interesse por boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) não será totalmente benéfica se as empresas que se dizem verdes não forem transparentes e, de alguma forma, puderem ter as atividades 100% auditadas.

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